As cinco principais notícias desta sexta-feira, 30 de setembro, sobre os mercados financeiros são:
- Deutsche Bank opera em baixa de 30 anos
As ações do Deutsche Bank (DE:DBKGn) ficaram abaixo de € 10 no pregão europeu desta sexta-feira, atingindo uma baixa de quase 30 anos em meio a preocupações com a sobrevivência do maior banco da Alemanha.
As preocupações com a sua posição de capital, sobrecarregada por uma multa de US$ 14 bilhões aplicada pelas autoridades dos EUA relacionadas à sua investigação sobre os títulos lastreados por hipotecas, fizerem recentemente com que as ações do banco despencassem e as vendas foram exacerbadas por uma reportagem da Bloomberg de que vários fundos de hedge que operam com derivativos no mercado futuro que fazem operações com o Deutsche Bank resgataram excesso de capital e ajustaram posições no banco.
Após suas ações terem sido encerradas em uma queda de quase 7% nos EUA, a ações na Europeia seguiram a derrota na sexta-feira com perdas de quase 6%.
No entanto, o Deutsche reduziu as perdas no pregão europeu após o presidente executivo John Cryan ter escrito um memorando afirmando que as "forças de mercado" foram responsáveis pela queda das ações e não havia base para a preocupação com a saúde do banco.
Ainda assim, o setor financeiro europeu ficou em queda em todo o painel nesta sexta-feira, ao passo que o euro atingiu uma baixa de dois meses contra o porto-seguro representado pelo franco suíço.
- Japão continua em deflação, setor industal da China cai
O núcleo do IPC do Japão para agosto caiu 0,5%, mais do que a queda esperada de 0,4% ano a ano e a sexta queda consecutiva, correspondendo ao ritmo de julho. E isso apesar dos esforços do Banco do Japão aumentar o estímulo para estimular a inflação.
Em outra notícia negativa para a terceira maior economia do mundo, os gastos domésticos para agosto caíram 3,7%, em comparação com uma queda de 1,0% observada mês a mês e uma queda de 4,6% ano a ano, mais do que a queda de 2,5% visto; ao passo que a média ajustada sazonalmente da taxa de desemprego em agosto subiu inesperadamente.
No lado positivo, a produção industrial no Japão para agosto subiu 1,5% a título provisório, superando um ganho esperado de 0,5%.
Na China, o setor industrial continuou em queda em setembro, uma vez que o PMI de fabricação Caixin ficou em 50,1 conforme o esperado, com foco nos feriados na China na próxima semana.
- Ações mundiais recuam após Deutsche Bank ter influenciado apetite por risco
As preocupações com a saúde do maior banco da Alemanha atingiram as ações mundiais nesta sexta-feira, diminuindo o apetite pelo risco.
As bolsas asiáticas fecharam mistas devido às preocupações com o contágio financeiro mundial decorrente do desastere do Deutsche Bank e após a sequência de dados. O Nikkei 225 de Tóquio caiu 1,46%.
As bolsas europeias operaram em forte queda nesta sexta-feira com as instituições financeiras liderando a onda de vendas.
Os futuros dos EUA recuaram uma vez qeu a notícia da Bloomberg sobre o Deutsche Bank antes do fechamento na quinta-feira repercutiu sobre o sentimento nos mercados de ações.
- Petróleo recua mais de 1% após alta de dois dias
Os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira, uma vez que os investidores realizaram os lucros na sequência de um ganho de 7% nas duas últimas sessões, em meio a dúvidas de que o primeiro corte de produção planejado pela OPEP em oito anos impactaria substancialmente o excesso mundial da commodity.
Vários analistas expressaram ceticismo quanto ao futuro acordo e se um impacto material seria realmente observado. Mesmo que o cartel respeitasse estritamente as quotas determinadas, preocupação era de que a produção em outros lugares pudesse aumentar para tirar proveito de um maior lucro.
Diante disto, os investidores também aguardavam dados semanais da prestadora de serviços petrolíferos Baker Hughes, mais tarde na sessão. Na semana passada, os números mostraram que o número de plataformas de perfuração ativas nos EUA aumentou pela décima segunda vez nas últimas 13 semanas.
Os futuros de petróleo dos EUA caíram 1,48% para US$ 47,12 às 06h02 ET (10h02 GMT), ao passo que o petróleo Brent caiu 1,75% para US$ 48,94.
- Foco em dados sobre gastos pessoais e inflação dos EUA
Os participantes do mercado também aguardam dados sobre a renda e os gastos pessoais para agosto, junto com indicador de inflação preferido do Fed, o núcleo do índice de preços PCE para o mesmo mês às 08h30 ET (12h30 GMT).
Atenção também recairá sobre o PMI de Chicago e o sentimento do consumidor da Universidade de Michigan para o mês de setembro.
Além disso, o presidente do Fed de Dallas Robert Kaplan participará de uma rodada de perguntas e respostas às 13h ET (17h GMT).