MOSUL, Iraque (Reuters) - As forças do governo Iraquiano fizeram uma pausa em seus esforços para recapturar o oeste de Mosul das mãos do Estado Islâmico neste sábado devido à alta taxa de mortes de civis, disse um porta-voz das forças de segurança.
A pausa entrou em vigor após a Organização das Nações Unidas expressar profunda preocupação com relatos de um incidente durante batalha em 17 de março que matou ou feriu dezenas de pessoas no distrito de al-Jadidah, em Mosul, que está sob controle do Estado Islâmico, aparentemente envolvendo bombardeios aéreos pelas forças iraquianas ou da coalizão liderada pelos Estados Unidos.
“Estamos chocados com esta terrível perda de vida”, disse a coordenadora humanitária para o Iraque, Lise Grande, em comunicado.
O exército dos EUA disse neste sábado que uma revisão determinou que, a pedido das forças de segurança iraquianas, a coalizão liderada pelos Estados Unidos atingisse combatentes e equipamento do Estado Islâmico “no local correspondente às alegações de mortes de civis”.
O Comando Central dos Estados Unidos, que supervisiona operações militares no Oriente Médio, afirmou em comunicado que levou a alegação a sério e que está conduzindo uma investigação formal “para determinar os fatos envolvendo este ataque e a validação da acusação de mortes de civis”.
Autoridades de defesa civil e moradores disseram que muitas pessoas estão soterradas em escombros de prédios após os ataques aéreos contra insurgentes do Estado Islâmico terem causado uma grande explosão.
A causa exata dos desabamentos não ficou clara, mas um parlamentar local e dois moradores disseram que os ataques aéreos podem ter detonado um caminhão do EI cheio de explosivos, destruindo prédios em uma área densamente povoada.
Relatos sobre os números de mortes de civis variam, mas o chefe de brigada da Defesa Civil, Mohammed Al-Jawari, disse a repórteres na quinta-feira que as equipes de resgate retiraram 40 corpos dos destroços.
(Por Patrick Markey)