Fique por dentro das principais notícias do mercado desta quarta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 13.08.2025, 07:46
© Reuters.

Investing.com - Os índices futuros das ações norte-americanas operam em alta nesta quarta-feira, sugerindo continuidade dos ganhos em Wall Street, após a divulgação de dados moderados de inflação levar o S&P 500 e o Nasdaq Composite a novos recordes de fechamento.

No noticiário corporativo, a Perplexity AI apresentou proposta de US$ 34,5 bilhões para adquirir o navegador Chrome, do Google.

No Brasil, em meio à temporada de balanços do segundo trimestre, os investidores avaliarão novos dados sobre a atividade econômica, com o volume de vendas no varejo em junho.

1. Futuros em alta nos EUA

Os contratos futuros dos principais índices dos EUA avançavam, sinalizando possível extensão do movimento positivo da véspera, sustentado por dados que mostraram inflação contida.

Às 7 h de Brasília, o futuro do S&P 500 subia 33 pontos, ou 0,5%, enquanto o Nasdaq 100 ganhava 264 pontos, ou 1,1%. O contrato do Dow Jones registrava alta de 49 pontos, ou 0,1%.

Na terça-feira, os três principais índices de Wall Street fecharam com valorização superior a 1%, após números apontarem que o crescimento anual do índice de preços ao consumidor em julho repetiu o ritmo de junho. A leitura reforçou a expectativa de que o Federal Reserve promova um corte de juros em setembro, com o foco das autoridades na desaceleração do mercado de trabalho, apesar da inflação ainda acima da meta oficial.

"A inflação ficou alinhada às projeções, já que o impacto das tarifas segue sendo absorvido, em grande parte, pelas margens das empresas norte-americanas. Isso abre espaço para o Fed reagir ao enfraquecimento do mercado de trabalho", comentaram analistas do ING em nota.

O S&P 500 e o Nasdaq, com forte presença de empresas de tecnologia, encerraram em máximas históricas, enquanto os rendimentos dos Treasuries de curto prazo, mais sensíveis às expectativas de política monetária, recuaram, acompanhando a alta nos preços dos títulos.

2. Perplexity oferece US$ 34,5 bilhões por navegador do Google

A Perplexity AI formalizou proposta não solicitada de US$ 34,5 bilhões em dinheiro para adquirir o navegador Chrome, da Alphabet, numa tentativa de explorar a base de bilhões de usuários do serviço.

O anúncio ocorre em meio a um processo judicial que questiona práticas anticompetitivas do Google em seu negócio principal de buscas.

Em decisão no ano passado, um juiz dos EUA concluiu que a empresa investiu bilhões de dólares para manter ilegalmente sua posição dominante no mercado de busca online.

A sentença abriu caminho para possíveis medidas corretivas, incluindo a venda do Chrome, o que poderia alterar de forma relevante a dinâmica do setor de publicidade digital, núcleo das receitas do Google.

A Perplexity, que já havia feito oferta pelas operações norte-americanas do TikTok durante o debate sobre segurança e propriedade do aplicativo, não especificou como pretende financiar a transação. A startup foi avaliada recentemente em US$ 14 bilhões e captou cerca de US$ 1 bilhão de investidores como SoftBank (TYO:9984) e Nvidia (NASDAQ:NVDA).

3. Ether próximo do pico histórico

O Bitcoin apresentava leve alta, enquanto o Ether permanecia próximo de máximas históricas, acompanhando o tom positivo dos criptoativos após a divulgação dos dados de inflação dos EUA.

O Ether registrou forte valorização em meio a compras expressivas por parte de empresas, movimento semelhante ao observado anteriormente com o Bitcoin. A criptomoeda chegou a avançar 8,5%, cotada a US$ 4.683,00, aproximando-se do recorde de US$ 4.861, registrado em novembro de 2021.

Nos últimos dias, diversas companhias listadas nos EUA anunciaram intenção de ampliar suas posições em Ether, seguindo estratégia de alocação em criptoativos popularizada pela Strategy de Michael Saylor.

A Strategy, maior detentora corporativa de Bitcoin no mundo, levantou bilhões de dólares por meio de emissões de ações, destinando a maior parte dos recursos à compra da criptomoeda nos últimos dois anos.

4. Ouro tem leve alta

Os preços do ouro registravam alta no início das negociações europeias, sustentados pela expectativa de flexibilização da política monetária do Fed e pela proximidade de um encontro entre EUA e Rússia.

O ouro à vista subia 0,3%, cotado a US$ 3.359,54 por onça, enquanto o contrato futuro para dezembro avançava na mesma proporção, negociado a US$ 3.408,22/oz no momento da redação.

Após a divulgação do índice de preços ao consumidor de terça-feira, os mercados passaram a precificar em mais de 96% a probabilidade de corte de juros em setembro, segundo a ferramenta FedWatch da CME. Juros mais baixos reduzem o custo de oportunidade de manter ativos sem rendimento, como o ouro, aumentando sua atratividade.

Mesmo assim, o movimento positivo foi limitado por fatores geopolíticos, com investidores monitorando a cúpula marcada para sexta-feira entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Anchorage.

O encontro terá como pauta principal a guerra na Ucrânia, e os agentes de mercado acompanham de perto a possibilidade de apresentação de propostas de cessar-fogo.

5. Vendas no varejo do Brasil

No calendário econômico local, os investidores avaliarão como está a atividade econômica do país, com a divulgação logo mais do {volume de vendas no setor de varejo} para o mês de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No relatório anterior, referente a maio, o comércio varejista registrou uma queda de 0,2% no faturamento frente ao mês anterior, contrariando a expectativa de alta de 0,2%, principalmente com o Dia das Mães, uma das principais datas festivas do período. Na {comparação anual} , houve alta de 2,1%, abaixo da projeção de 2,4%.

Em julho, as vendas do setor caíram 2,5% na comparação anual, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado. A desaceleração foi corroborada pelo Índice do Varejo Stone (IVS), que apurou uma queda de 1,1% no mês passado frente ao mesmo mês de 2024.

Segundo especialistas, tal desaceleração é reflexo dos juros elevados, do crédito mais restrito e da inflação ainda alta, embora renda e emprego sigam sustentando parte da demanda.

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