BERLIM (Reuters) - O governo alemão espera gastar cerca de 93,6 bilhões de euros até o fim de 2020 com custos relacionados à crise dos refugiados, disse neste sábado uma revista, citando documento do Ministério das Finanças antes de negociações com os 16 estados da nação.
O montante deve atrair preocupações, particularmente entre os movimentos contra as imigrações, sobre o impacto da chegada de imigrantes na maior economia da Europa, que recebeu mais de um milhão de pessoas no ano passado, a maioria da Síria e de outras zonas de guerra.
A quantidade de imigrantes que chegaram ao país diminuiu neste ano, principalmente por causa de um acordo entre a União Europeia e a Turquia, que permitiu viagens livres dos turcos pelo continente em troca da contenção no fluxo de imigrantes.
A revista semanal alemã Der Spiegel informou que os cálculos do Ministério das Finanças incluem os custos de acomodação e integração dos refugiados, mas também o combate às razões pelas quais as pessoas fogem das regiões de risco.
As autoridades chegaram a essa estimativa com base na chegada de 600 mil imigrantes neste ano, 400 mil em 2017 e 300 mil em cada um dos anos subsequentes, informa a reportagem. O governo espera que 55 por cento dos refugiados reconhecidos terão um emprego em cinco anos.
(Reportagem de Michelle Martin)