Por Mateus Maia
BRASÍLIA (Reuters) - Empresários da chamada Coalizão Indústria ouviram do governo nesta segunda-feira promessas de medidas de desburocratização, embora sem detalhes das ações, e declararam apoio à reforma da Previdência, em reunião com o presidente Jair Bolsonaro.
O grupo --que reúne representantes de indústrias como a do aço, automóveis, comércio exterior e construção civil-- ressaltou que trabalhará junto ao Legislativo para a aprovação, com o mínimo de alterações, do projeto de reforma das aposentadorias.
Do governo, o grupo ouviu na reunião promessas de dois pacotes de medidas a saírem nas próximas duas semanas, visando a desburocratização e a simplificação dos processos para negócios.
Um pacote viria do Ministério da Economia, mais especificamente da Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec).
"Nós tivemos também uma grata notícia, por parte do secretário Carlos da Costa (da Sepec), que num prazo de 15 dias estaria sendo anunciado também um pacote por parte do governo no sentido de se buscar melhoria da competitividade do setor produtivo", disse o líder da coalizão e presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo De Mello Lopes.
A Sepec confirmou à Reuters essa informação, mas sem dar mais detalhes.
O outro pacote partiria da Casa Civil, que revogaria vários decretos e normas que, em tese, travam a economia.
"Fomos brindados hoje com uma informação relevante de que deverá haver um grande 'revogaço' nas próximas duas semanas. Ou seja, medidas que revogarão elementos que burocratizam e complicam a vida de quem está fazendo negócios nesse país", afirmou Fernando Valente Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT).
A Coalizão Indústria reúne 11 entidades do setor industrial.