Por Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O Japão parece cada vez mais perto de adotar medidas fiscais e monetárias nas próximas semanas para ajudar na recuperação econômica e reprimir a valorização malquista do iene, com a intervenção direta na moeda fora da mesa depois de uma recepção fria de seu aliado Estados Unidos.
Após a alta do iene pressionar as exportações para baixo pelo sexto mês em março e terremotos fatais atingirem a região sul do Japão sul na semana passada, o Banco do Japão está enfrentando pedidos de assessores do governo para expandir rapidamente seus estímulos via impressão de dinheiro.
O primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, está pronto para anunciar um plano de estímulo fiscal de até 10 trilhões de ienes (91 bilhões de dólares) em gastos extras enquanto ele recebe a cúpula do G7 no final de maio, que poderia concordar em mais gastos de governo para impulsionar o crescimento global.
E ele poderia além disso com os gastos de ajuda humanitária após os terremotos, dizem integrantes do governo e do partido no poder envolvidos na formulação de políticas.
Os assessores de Abe também afirmam que o impacto econômico dos terremotos aumentou as chances que ele iria adiar um aumento de impostos de vendas previsto para o próximo ano e elevou a necessidade de mais ação do banco central.
"Se a produção enfraquece e o sentimento do consumidor esfria como resultado dos terremotos, as condições que justificam uma flexibilização monetária adicional estão todas colocadas", disse um integrante do alto escalão do governo com conhecimento direto da formulação de políticas.