Investing.com - O dólar se mantinha mais fraco nesta quarta-feira, perdendo terreno frente a uma cesta de outras importantes moedas antes da decisão de política monetária do Federal Reserve ainda neste dia.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,39% para 88,68 às 13h29, voltando a se aproximar de 88,25, mínima da semana passada que foi seu nível mais fraco desde dezembro de 2014.
O dólar estava no caminho de fortes perdas mensais frente a seus pares, com o índice em queda de 3,0% no mês no momento em que esse artigo é escrito.
O dólar estava sob pressão pois perdeu sua atratividade relativa a rendimentos junto aos investidores. Uma maior rapidez de endurecimento monetário fora dos EUA diminuiria a divergência entre o Federal Reserve e outros bancos centrais.
O dólar apresentava reação limitada ao discurso sobre o Estado da União de Donald Trump, presidente norte-americano, no qual ele solicitou que o Congresso aprovasse a legislação para gerar estímulo de ao menos US$ 1,5 trilhão em novos gastos com infraestrutura.
Investidores mantinham cautela antes de uma série de eventos nesta semana, incluindo a reunião de política monetária de dois dias do Fed, que termina ainda nesta quarta-feira, e o relatório de empregos nos EUA em janeiro, a ser divulgado na sexta-feira.
Não se espera que o Fed faça quaisquer mudanças na política monetária, já que é a última reunião em que Janet Yellen atua como presidente da instituição antes de passar o comando para Jerome Powell.
O dólar deixava de lado dados que mostraram que o setor privado norte-americano criou 234.000 empregos em janeiro, apontando para força sustentada no mercado de trabalho. Outro relatório mostrou que os custos trabalhistas tiveram aumento sólido no quarto trimestre.
Houve também relatórios mostrando que as vendas pendentes de imóveis aumentaram pelo terceiro mês consecutivo em dezembro e que a atividade industrial na região de Chicago esfriou em janeiro, embora em um ritmo mais lento do que o esperado.
O euro subia quase US$ 0,05 frente ao dólar, com o par EUR/USD avançando 0,48% para 1,2461, voltando a se aproximar de 1,2537, pico de mais de três anos atingido na semana passada.
A demanda pelo euro continuava a se sustentar após os dados da inflação da zona do euro em janeiro darem destaque às expectativas de que o Banco Central Europeu irá começar logo a reduzir suas medidas de estímulo monetário.
A moeda única subiu quase 3,5% frente ao dólar até agora em janeiro.
Frente ao iene, o dólar estava um pouco mais alto, com o par USD/JPY avançando 0,12% para 108,90, permanecendo acima de 108,27, mínima de quatro meses e meio atingida na última sexta-feira.
A libra subia, com o par GBP/USD avançando 0,28% para 1,4185.