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Marcelo Ramos diz que reforma está blindada e que fala de Guedes foi recado ao governo

Publicado 24.05.2019, 18:29
© Reuters. Presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos, durante sessão do colegiado

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), disse à Reuters nesta sexta-feira que a proposta está blindada de eventuais turbulências envolvendo o Executivo e que a ameaça do ministro da Economia, Paulo Guedes, de deixar o cargo foi recado ao governo.

O presidente da comissão especial, que garante que a proposta caminhará "com ou sem Guedes", afirmou que o calendário de tramitação está mantido.

"Primeiro, eu acho que ela (a ameaça de Guedes) não contamina em nada a tramitação da proposta na Câmara, porque nós tomamos a decisão de blindar a reforma da Previdência de qualquer desses desentendimentos de governo", afirmou Ramos à Reuters por telefone.

A relação entre Congresso e o Executivo enfrenta um acirramento, e o governo tem acumulado episódios de mal-estar com parlamentares, que adotaram a postura de imprimir um protagonismo do Parlamento, independente do Palácio do Planalto.

"Eu acho que a mensagem foi muito mais para o governo do que para nós", avaliou Ramos. "Agora, ela é uma mensagem, na minha opinião, desrespeitosa com o presidente e com o país, porque ele não diz que abandona o cargo, ele diz que vai embora do Brasil."

O presidente da comissão afirmou que a proposta será tocada pelo Parlamento com ou sem o ministro, "até porque nós não trabalhamos para o Paulo Guedes, nós trabalhamos para o Brasil".

Guedes afirmou em entrevista publicada no site da revista Veja nesta sexta-feira que irá renunciar ao cargo caso a proposta oferecida pelo governo vire uma "reforminha". Negou, no entanto, ser irresponsável ou inconsequente, e acrescentando que não iria embora no dia seguinte.

"Agora, posso perfeitamente dizer assim: 'Olha, já fiz o que tinha de ter sido feito. Não estou com vontade de ficar, vou dar uns meses, justamente para não criar problemas, mas não dá para permanecer no cargo'. Se só eu quero a reforma, vou embora para casa", disse o ministro na entrevista.

Ramos disse ainda à Reuters que tanto ele, quanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assim como boa parte dos deputados, têm se manifestado a favor da manutenção da economia prevista de 1 trilhão de reais em dez anos com a reforma, "diferente do governo, que vez por outra vacila na defesa da reforma".

© Reuters. Presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos, durante sessão do colegiado

O relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP), também comentou a entrevista do ministro, e disse que não se sentia pressionado pelas declarações. Afirmou ainda que sempre defendeu a meta de 1 trilhão de reais por 10 anos "por convicção".

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro declarou que nenhum de seus ministros é obrigado a permanecer no cargo, mas fez uma defesa da necessidade da reforma previdenciária e disse concordar com Guedes que o país viverá um caos econômico se não for aprovado um texto muito próximo ao que o governo enviou ao Congresso. [nL2N2300WD]

Posteriormente, o presidente foi ao Twitter e afirmou que seu "casamento" com Guedes segue mais forte do que nunca. [nE6N20A02L]

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