Por David Alire Garcia e Doina Chiacu
CIDADE DO MÉXICO/WASHINGTON (Reuters) - O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, agradeceu nesta terça-feira o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por dizer que o governo mexicano está mantendo o compromisso de reduzir o fluxo de imigrantes rumo aos EUA, ao mesmo tempo em que crescem as críticas sobre as condições dos centros de detenção de imigrantes do governo norte-americano.
Pressionado pelos Estados Unidos a intensificar os esforços de controle da imigração depois que as apreensões na fronteira dos EUA com o México ultrapassaram uma alta de 10 anos, o governo de López Obrador mobilizou em junho milhares de policiais através do país.
Os fluxos imigratórios da América Central diminuíram consideravelmente desde então.
"Estou grato que até o presidente Trump esteja divulgando que o México está mantendo seu compromisso e que não haja ameaças de tarifas", disse López Obrador a repórteres na Cidade do México.
Conforme um acordo firmado pelos dois países em 7 de junho, os EUA deram um prazo até o final de julho para o México mostrar resultados na redução da imigração em direção aos EUA para não enfrentar novas pressões referentes a tarifas e novas medidas de cumprimento da lei.
Falando na cúpula do G20 no Japão no sábado, Trump elogiou o México por ajudar a conter o fluxo imigratório na fronteira.
As condições nas instalações norte-americanas para imigrantes ao longo da fronteira vêm causando polêmica desde que um organismo regulador do Departamento de Segurança Interna dos EUA alertou para a "superlotação perigosa" na unidade de El Paso, em maio.
Parlamentares do Congresso norte-americano que visitaram a unidade principal de abrigo em El Paso e uma instalação em Clint, também no Texas, disseram na segunda-feira que os imigrantes estão sendo mantidos em condições deploráveis e, segundo a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, tinham que beber água de vasos sanitários.