WASHINGTON (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira que, se a reforma da Previdência for aprovada no modelo atual, a economia será equivalente a 76 por cento do benefício fiscal previsto com a proposta original.
"Ainda é um número impreciso. Estamos falando de uma proposta que ainda não foi aprovada. Esse número pode variar um pouco, mas já estava precificado pelo mercado e dentro das nossas expectativas", disse Meirelles, em entrevista para jornalistas, em Washington, onde ocorre a reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
A votação do relatório da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados está prevista para ocorrer em 2 de maio. E a expectativa do ministro é que, depois de aprovado o relatório, devem ocorrer poucas alterações durante a tramitação no Plenário.
"É importante que a reforma da Previdência seja aprovada no primeiro semestre por causa do efeito das expectativas na economia", disse Meirelles. Ele, no entanto, voltou a afirmar que não vê problemas se esse prazo se estender.
BANCO DOS BRICS
Meirelles também afirmou que o Brasil está discutindo com a China a possibilidade de outros países participarem do Banco dos Brics, grupo composto também pela Rússia, África do Sul e Índia.
"Isso vai reforçar e aumentar a legitimidade do banco. Estamos no momento discutindo a possibilidade de aceitar novos países, mas no momento ainda não foi tomada essa decisão."
(Reportagem de Alexandra Alper)