WASHINGTON (Reuters) - Importantes negociadores dos Estados Unidos, Canadá e México que tentam bater o martelo em um rápido acordo para atualizar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) suspenderam as conversas até 7 de maio, diante de falta de acordo sobre grandes diferenças que incluem regras de conteúdo local em veículos.
A pausa sinaliza o quanto ainda precisa ser feito no Nafta apesar da pressão de Washington para um acordo.
O governo de Donald Trump ameaçou impor sanções sobre aço e alumínio do Canadá e do México em 1º de maio, se considerar que não houve progresso suficiente nas discussões do Nafta.
"Nós, ministros, vamos nos reunir de novo na segunda-feira, dia 7", disse o ministro da Economia do México, Idelfonso Guajardo, a jornalistas depois do quarto dia consecutivo de negociações em Washington.
A pausa vai permitir que o representante Comercial dos EUA, Robert Lighthizer, visite a China com outras autoridades graduadas do governo Trump na próxima semana. A ministra canadense de Relações Exteriores, Chrystia Freeland, tem viagem marcada para Bangladesh em 3 de maio.
Freeland disse que os ministros vão voltar a se reunir em Washington "em cerca de uma semana", depois de realizarem consultas políticas internas com seus governos.
"Fizemos muito progresso aqui em Washington nesta semana", disse a ministra canadense. Freeland não respondeu diretamente quando foi perguntada se os EUA vão impor as sobretaxas em 1º de maio.
A questão sobre qual a proporção de conteúdo local que os veículos produzidos nos países do Nafta deveriam ter para não serem atingidos por tarifas está se provando um dos assuntos mais difíceis de se resolver. Freeland disse mais cedo nesta sexta-feira que os três países estavam consultando suas indústrias automotivas.
(Por Jason Lange)