Por Louis Charbonneau
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A ONU está ponderando opções "leves" para monitorar um possível cessar-fogo na Síria que manteria seus riscos no mínimo, baseando-se em grande parte em sírios que já estão no local, disseram fontes diplomáticas.
O Conselho de Segurança da ONU decidiu na sexta-feira, por unanimidade, que o secretário-geral Ban Ki-moon elabore no prazo de um mês opções para monitorar um cessar-fogo na Síria. É a segunda vez desde a deflagração da guerra civil síria, em março de 2011, que o conselho apoia um plano para as negociações de paz e uma trégua.
As conversas sobre o papel da ONU no monitoramento ganharam urgência com um novo impulso para que um cessar-fogo na Síria entre em vigor já em janeiro, em paralelo com as negociações entre o governo e a oposição.
Mais de uma dezena de grandes potências, incluindo os Estados Unidos, a Rússia e as principais potências europeias e do Oriente Médio, elaboraram um roteiro para as negociações de paz sírias.
O planejamento das Nações Unidas para o monitoramento trégua procurará evitar a repetição do "desastre" de uma missão enviada para a Síria em 2012, disseram diplomatas. Essa operação falhou, segundo eles, porque as partes em conflito não mostraram nenhum interesse em interromper a luta.
No mecanismo de leve abordagem, as Nações Unidas iriam contar com representantes sírios - "intermediários" – nos locais para denunciar violações. Segundo diplomatas, isso poderia envolver um pequeno grupo de funcionários não uniformizados da ONU na Síria para investigar violações do cessar-fogo.
O Departamento de Operações de Manutenção da Paz das Nações Unidas provavelmente vai apresentar uma opção para colocar forças de paz da ONU no terreno. Mas essa abordagem provavelmente será descartada ide imediato, dada a brutalidade da guerra, que já provocou mais de 250.000 mortes.
(Reportagem adicional de Michelle Nichols)