CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Oito países da América Latina denunciaram na quinta-feira o "uso excessivo da força" das autoridades venezuelanas contra manifestantes civis, depois que o número de mortos nos protestos contra o governo da Venezuela subiu para 36.
As oito nações --Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México e Paraguai-- condenaram o aumento da violência na Venezuela e pediram ao governo venezuelano que respeite os direitos humanos de seus cidadãos.
"Condenamos o uso excessivo da força por parte das autoridades venezuelanas contra a população civil que marcha para protestar contra as medidas do governo que afetam a estabilidade democrática, polarizam ainda mais a sociedade venezuelana e causam a perda de vidas", disseram os oito governos em um comunicado conjunto.
A Costa Rica chegou a chamar de volta sua principal autoridade diplomática na Venezuela, Ana Patricia Villalobos, para consultas, na noite de quinta-feira.
Os venezuelanos, já abalados pelos protestos que resultaram em mortes de manifestantes, apoiadores do governos, transeuntes e agentes de segurança, foram surpreendidos na quinta-feira por rumores sobre a possível morte do líder de oposição preso Leopoldo López.
O governo de esquerda do presidente Nicolás Maduro, que enfrenta desde o ano passado uma grande onda de protestos, emitiu posteriormente um breve vídeo em "prova de vida" no qual López disse estar bem.
(Reportagem de Alexandra Alper e Adriana Barrera)