Por David Latona e Charlie Devereux
PAIPORTA/MADRI (Reuters) - Pelo menos 89 pessoas seguem desaparecidas após as mortais inundações no leste da Espanha, afirmaram autoridades judiciais da região de Valência nesta terça-feira, e o primeiro-ministro Pedro Sánchez disse que reservou 10,6 bilhões de euros para ajudar as vítimas.
O número inclui apenas aqueles reportados como desaparecidos por familiares que também forneceram informações pessoais e amostras biológicas para permitir sua identificação, disse o Tribunal Superior de Justiça da Região de Valência em comunicado. O tribunal acrescentou que pode haver mais casos de pessoas desaparecidas cujos detalhes ainda não foram registrados.
Mais de 200 pessoas tiveram a morte confirmada após fortes chuvas na semana passada fazerem com que cursos d'água transbordassem, criando enchentes repentinas que se espalharam por subúrbios ao sul da cidade de Valência, levando carros e pontes, e inundando imóveis e estacionamentos subterrâneos.
"Ainda há pessoas desaparecidas a serem localizadas, casas e negócios destruídos, enterrados sob a lama e muitas pessoas sofrendo grave escassez", disse Sánchez mais cedo nesta terça-feira em coletiva de imprensa em Madri
"Temos que continuar trabalhando".
Pelo menos 217 pessoas morreram em Valência, Castilla-La Mancha e Andaluzia, mas apenas 133 foram identificadas até o momento.
Segundo o tribunal, legistas realizaram 195 autópsias e 62 corpos ainda estavam pendentes de identificação. A guarda nacional da Espanha pediu nesta terça-feira que parentes de pessoas desaparecidas fornecessem amostras de DNA para a identificação dos mortos.
(Reportagem de Charlie Devereux e David Latona; Reportagem adicional de Emma Pinedo e Jesus Aguado)