TEGUCIGALPA - A presidente hondurenha Xiomara Castro está enfrentando pedidos de renúncia de ativistas anticorrupção após a divulgação de um vídeo que implica seu cunhado em negociações de doações de campanha com traficantes de drogas. O vídeo, que veio à tona na terça-feira, mostra Carlos Zelaya, ex-deputado e irmão do marido de Castro, discutindo apoio financeiro para a campanha de Castro com líderes da gangue de drogas Los Cachiros em 2013.
Gabriela Castellanos, chefe do Conselho Nacional Anticorrupção, dirigiu-se a Castro em uma carta compartilhada nas redes sociais, instando-a a renunciar devido às "graves acusações de tráfico de drogas contra (seu) círculo familiar". Castellanos advertiu que a continuação de Castro no cargo poderia prejudicar o estado de direito e a segurança em Honduras. A carta, no entanto, não apresentou evidências de corrupção em curso.
Carlos Zelaya admitiu ter se reunido com traficantes sobre uma contribuição de campanha, mas alegou que desconhecia suas atividades criminosas na época e negou ter recebido quaisquer fundos. Após a revelação, ele renunciou ao seu cargo no Congresso.
A controvérsia se intensificou após a decisão de Castro em 29 de agosto de se retirar de um tratado de extradição com os Estados Unidos. A medida foi uma resposta às críticas dos EUA a uma reunião entre autoridades de defesa hondurenhas e o ministro da defesa da Venezuela, que enfrenta acusações de tráfico de drogas nos EUA. Castro alegou que o tratado estava sendo usado para "intimidar ou chantagear" seu governo e denunciou um suposto plano de golpe contra ela.
Castro, que assumiu a presidência há três anos, havia se comprometido a combater o tráfico de drogas e a corrupção, frequentemente acusando seu antecessor, Juan Orlando Hernandez, de administrar uma "narco-ditadura". O próprio irmão de Hernandez foi preso nos Estados Unidos em 2018 e condenado por tráfico de drogas em 2019.
Os EUA têm historicamente estado envolvidos na política hondurenha, mantendo uma presença militar desde a Guerra Fria e apoiando Hernandez mesmo em meio a alegações de fraude em sua reeleição de 2017.
A Reuters contribuiu para esta reportagem.
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