LONDRES (Reuters) - Os reguladores seguem na direção certa na reforma do modo como os bancos calculam o capital necessário para assegurar sua solvência, afirmou neste domingo um grupo de presidentes de bancos centrais.
As reformas têm sido fortemente criticadas por bancos, que dizem que elas levarão a aumentos robustos em requerimentos de capital, um desfecho que os presidentes de bancos centrais afirmaram que deve ser evitado.
Os principais presidentes de bancos centrais do mundo afirmaram neste domingo que a conclusão das reformas ocorridas pós-crise financeira para o capital dos bancos segue na direção certa e que o foco deve ser em evitar grandes aumentos em requerimentos.
O Comitê de Supervisão Bancária de Basileia está finalizando as regras sobre o total de capital que os bancos deverão manter para suportar choques sem precisar recorrer ao socorro dos contribuintes. Muitos deles tiveram que receber ajuda nesse sentido durante a crise de 2007-2009.
O Grupo de Presidentes de Bancos Centrais e Chefes de Supervisão (GHOS, na sigla em inglês) se reuniu neste domingo para analisar o progresso feito até agora na finalização das reformas no âmbito do acordo de Basileia III. Dentre os membros do grupo, estão o Federal Reserve --banco central norte-americano--, além do Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu (BCE).
"O GHOS endossou a orientação geral das reformas do comitê”, disse em um comunicado.
"O GHOS discutiu a avaliação do impacto cumulativo em curso do Comitê de Basileia e reafirmou que, como resultado desta avaliação, o comitê deve se concentrar em não aumentar significativamente os requerimentos globais de capital."
"A finalização das reformas pós-crise do comitê completará Basileia III e ajudará a restaurar a confiança nas relações de capital ponderadas pelo risco dos bancos", disse o presidente do BCE, Mario Draghi, que também é presidente do Conselho do GHOS.
O presidente do Conselho do Comitê de Basileia e presidente do banco central da Suécia, Stefan Ingves, afirmou que o comitê "deu passos significativos ao longo dos últimos meses para concluir as reformas pós-crise até o final do ano".
A maioria dos bancos em todo o mundo já cumprem ou excedem os requisitos de capital e liquidez que Basileia III estabelece para cumprimento integral até 2019.
(Por Huw Jones)