Em um movimento que visa abordar a tributação dos indivíduos mais ricos do mundo, o economista francês Gabriel Zucman propôs um imposto anual de 2% sobre fortunas superiores a US$ 1 bilhão. Zucman, afiliado à Escola de Economia de Paris e à Universidade da Califórnia em Berkeley, revelou a proposta como ponto de partida para uma discussão mais ampla sobre o tema. O relatório foi elaborado a pedido do Brasil, que atualmente ocupa a presidência do G20, e deve ser debatido pelos ministros das Finanças dos países do G20 durante a reunião de julho.
A proposta visa iniciar o diálogo político e não fornecer uma solução definitiva. Zucman enfatiza que as decisões sobre tributação devem ser tomadas por meio de processos democráticos. Ele também destaca a necessidade de maior transparência na propriedade das empresas para apoiar as autoridades fiscais na eventual aplicação desse imposto.
Se implementado, Zucman estima que esse imposto poderia gerar entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões em receita anual de cerca de 3.000 indivíduos. Além disso, ao estender o imposto para incluir indivíduos com fortunas acima de US$ 100 milhões, um adicional de US$ 100 bilhões a US$ 140 bilhões poderia ser levantado.
A proposta de Zucman surge em um momento em que as discussões em torno da tributação dos super-ricos e da redistribuição da riqueza ganham força globalmente. A reunião dos ministros das Finanças do G20, em julho, proporcionará uma plataforma para que essas ideias sejam exploradas em nível internacional.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.