O Reserve Bank of Australia (RBA) reconheceu a pressão financeira que sua política monetária restritiva está colocando sobre as famílias, com a taxa de caixa atual em 4,35% destinada a conter a inflação. O vice-governador do RBA, Christopher Kent, em um discurso em Melbourne na quarta-feira, destacou a consciência do banco central sobre o "aperto doloroso" nas finanças pessoais devido às taxas de juros mais altas, particularmente porque a participação dos pagamentos de hipotecas na renda disponível das famílias atingiu um recorde de 10%.
Apesar do ônus financeiro para os consumidores, o RBA não descartou a possibilidade de novos aumentos das taxas de juros se considerado necessário para controlar a inflação. Desde maio de 2022, o RBA implementou uma série de altas de juros totalizando 425 pontos-base, mas manteve a taxa por cinco reuniões consecutivas. Atualmente, a inflação está em 3,6%, superando o intervalo da meta do Banco Central, de 2% a 3%.
No início de junho, a governadora do RBA, Michele Bullock, expressou a hesitação dos formuladores de políticas em aumentar ainda mais os juros, atribuindo-a à natureza restritiva das políticas atuais. As expectativas do mercado sugerem apenas uma pequena chance de uma redução de juros antes de abril do ano que vem, com apenas 43 pontos-base de flexibilização previstos até o final de 2025.
Kent enfatizou que o RBA não tem pressa em implementar cortes de juros e continua focado em monitorar os riscos de inflação. Ele afirmou que a diretoria do BC está mantendo todas as opções em aberto em relação à direção dos ajustes futuros das taxas de juros. Indicadores econômicos mistos ressaltaram a importância da vigilância contra pressões inflacionárias, reforçando a postura cautelosa do RBA em relação à política monetária.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.