Por Karolina Tagaris e Dasha Afanasieva
LESBOS, Grécia/CESME, Turquia (Reuters) - Havia pouco sinal de preparação em cada lado do mar Egeu a menos de 24 horas de a Grécia começar a retornar imigrantes para a Turquia, e autoridades gregas e turcas forneceram informações conflitantes sobre a logística do plano.
A “devolução” dos imigrantes é uma das partes principais de um acordo entre a União Europeia e a Turquia para encerrar um fluxo incontrolável de refugiados para a Europa, fugindo de guerra e miséria no Oriente Médio, na Ásia e na África.
Sob o acordo, aqueles que cruzarem para a Grécia ilegalmente serão detidos e enviados de volta quando seus pedidos de asilo forem processados. Para cada sírio retornado, um sírio será reassentado na Europa diretamente da Turquia.
Até agora, mais de 6.000 imigrantes e refugiados foram registrados nas ilhas gregas desde 20 de março, data na qual o acordo entrou em vigor. De onde eles serão retornados, para onde irão, ou até mesmo quantas pessoas serão devolvidas para a Turquia sob este acordo permanece incerto.
No domingo, houve poucos sinais de que Lesbos, ilha na qual centena de milhares de pessoas passaram em seu caminho para o norte da Europa, estava tomando providências para enviar imigrantes de volta. Um porta-voz da polícia disse ainda estar esperando por instruções.
Do outro lado do Egeu, na cidade de Dikili, a qual uma autoridade turca disse que receberia os refugiados enviados da Grécia, apenas duas tendas de grande tamanho foram montadas no local de desembarque do porto. Dois banheiros portáteis foram instalados perto. Mais ao sul, quatro pequenas tendas foram estabelecidas perto da cidade de Cesme para aqueles enviados a partir da ilha grega de Chios.
O ministro do Interior da Turquia, Efkan Ala, foi citado pelo jornal Aksam dizendo que 500 pessoas deveriam chegar na Turquia vindas da Grécia na segunda-feira. Afegãos, iraquianos e paquistaneses seriam deportados de volta para seus países, disse ele.