Por Roberta Rampton e Diego Oré
WASHINGTON/CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Os Estados Unidos e o México chegaram a um acordo na sexta-feira para evitar uma guerra tarifária, com o México concordando em expandir rapidamente um polêmico programa de asilo e enviar forças de segurança para conter o fluxo de imigrantes ilegais da América Central.
O presidente dos EUA, Donald Trump, havia ameaçado impor tarifas de importação de 5% sobre todos os produtos mexicanos a partir de segunda-feira, se o México não se comprometesse a fazer mais para controlar suas fronteiras.
Em uma declaração conjunta depois de três dias de conversas em Washington, os dois países disseram que o México concordou em expandir imediatamente para toda a fronteira um programa que envia imigrantes em busca de asilo nos Estados Unidos para o México enquanto aguardam análise de seus casos.
Trump disse que o México concordou em tomar medidas duras para "reduzir, ou eliminar" a imigração ilegal vinda do país.
No entanto, o acordo não chegou a contemplar uma demanda norte-americana de que o México aceitasse a designação de um "terceiro país seguro", que forçaria o país a ficar permanentemente com a maioria dos que buscam asilo.
"As tarifas programadas para serem implementadas pelos EUA na segunda-feira contra o México estão, portanto, suspensas indefinidamente", disse Trump em um tuíte na noite de sexta.
Frustrado por uma onda recente de imigrantes que sobrecarregou os recursos norte-americanos na fronteira sul, Trump tem usado a ameaça de tarifas para pressionar o México a fazer concessões.