Atenas, 12 mar (EFE).- O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, irá amanhã Bruxelas para se reunir com os presidentes da Comissão Europeia e do parlamento Europeu, Jean-Claude Juncker e Martin Schulz, um dia depois do início das negociações sobre as reformas apresentadas pela Grécia aos outros membros da União Europeia.
Os representantes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu, do Fundo Monetário Internacional e do governo grego começaram ontem em Bruxelas as conversas e hoje os primeiros chegarão a Atenas para coletar dados específicos do Ministério das Finanças, segundo a imprensa local.
Tsipras se reunirá amanhã, às 8h30 (local, 5h30 em Brasília), com Juncker para expor como o governo vai utilizar os fundos europeus para solucionar a crise humanitária.
A intenção do Executivo é oferecer aos mais pobres ajuda imediata em forma de cupons de alimentos, eletricidade gratuita, ajudas para o pagamento do aluguel para 30 mil imóveis e acesso ao sistema sanitário para os desempregados.
A lei para combater a crise humanitária está em debate nas comissões parlamentares e desponta como a primeira norma de grande calado social que o parlamento grego votará.
Especula-se que nesta reunião os líderes também discutirão o "plano Juncker", um pacote de investimento público-privado no valor de 300 bilhões de euros destinados a impulsionar o crescimento no continente.
Tsipras se reunirá ainda com o presidente do parlamento Europeu, Martin Schulz, a primeira autoridade europeia que visitou Atenas após a posse do primeiro-ministro em 29 de janeiro.
O líder grego completará assim uma rodada de contatos com representantes europeus, iniciada hoje com a visita em Paris à sede da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), onde se reuniu com o secretário-geral, José Ángel Gurría, junto do ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis.
Na agenda do primeiro-ministro amanhã também está prevista uma reunião com o histórico membro do Syriza e agora eurodeputado Manolis Glezos, uma das vozes criticaram a posição do governo nas negociações com os membros da UE.