PARIS (Reuters) - Uma fatia de 10 por cento na concessionária de serviços de gás GDF Suez, que vale cerca de 5 bilhões de euros (6,2 bilhões de dólares), pode ser o primeiro grande item à venda na planejada venda de ativos na França, disseram fontes e analistas.
O governo anunciou em outubro que planeja captar entre 5 bilhões a 10 bilhões de euros com a venda de participações estatais, usando os recursos obtidos com as vendas para pagar dívidas e reinvestir em indústrias estratégicas.
O setor de defesa pode ser um destes setores, mas ministros deixaram claro publicamente que vêem o setor de energia como primeiro da fila.
Isso levou à especulação de que o governo pode vender parte de sua fatia de 84,49 por cento na EDF, valendo cerca de 36 bilhões de euros. Por lei, o Estado precisa deter apenas 70 por cento da EDF, que opera os reatores nucleares da França.
Porém, uma combinação de considerações industriais e políticas torna a alienação de parte de sua fatia na GDF Suez mais provável.
"(O setor de ) energia é o setor que mais provavelmente terá mais privatização, mas entre a EDF e a GDF, a nuclear é mais sensível", disse o chefe da consultoria de acionistas Proxinvest, Loic Dessaint.
Uma fonte do governo, que não quis ser nomeada, disse que a venda de participação na EDF, cujos reatores fornecem cerca de três quartos da energia que a França precisa, é politicamente sensível.
Uma segunda fonte do governo também confirmou que a GDF Suez, que devido às suas operações internacionais diversas é menos politicamente polêmica na França, é uma candidata mais provável.
(Por Geert De Clercq)