A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) obteve decisão favorável da Justiça à comercialização de bebidas alcoólicas na cidade de Belo Horizonte (MG). A entidade foi ao judiciário depois da proibição pela prefeitura da comercialização destes produtos nos bares da região. A justificativa do prefeito era de que a venda de bebidas causava aglomerações no município. Restrições parecidas, porém, passam a valer no Estado de São Paulo.
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Nesta sexta-feira, o governo de São Paulo determinou que os bares do Estado passem a fechar às 20h e que restaurantes não comercializem mais bebidas alcoólicas após esse horário. A justificativa é parecida com a da prefeitura de Belo Horizonte: evitar aglomerações em meio à alta de casos e mortes por covid-19 no País.
Para o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, as mudanças nas diretrizes do Plano São Paulo são o que mais incomoda. "Um desrespeito com a sociedade", diz. Em sua visão, o aumento dos casos estar ocorrendo no Brasil todo é um indicativo de que a razão para a subida tenha sido as eleições municipais. "Estávamos reabertos há 2 meses e não houve esse aumento", argumenta.
Ele diz ainda que 66% dos restaurantes reabertos em São Paulo reportam prejuízos e que a nova restrição deve inviabilizar a ida dos clientes aos bares, o que deve levar muitos ao fechamento definitivo. Para Solmucci, restringir o funcionamento dos bares empurra os jovens às festas clandestinas. "Na prática, isso pune o empresário que respeita as regras. É hipócrita", conclui.