BUDAPESTE (Reuters) - A Hungria está longe de chegar a um acordo com a União Europeia sobre ajuda à Ucrânia, disse o chefe de gabinete do primeiro-ministro húngaro na quinta-feira.
A UE tenta chegar a um acordo sobre mais ajuda financeira para a Ucrânia, que luta contra uma invasão russa, quando os líderes do bloco se reunirem no início de fevereiro, embora o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, continue se opondo.
"Estamos negociando com a comissão (europeia), mas nossas posições estão distantes umas das outras, portanto, um acordo não é certo", disse Gergely Gulyas em um briefing.
"No entanto, a falta de acordo também não seria uma tragédia porque, nesse caso, os 26 Estados membros podem apoiar a Ucrânia", afirmou ele, acrescentando que a Hungria não descarta a possibilidade de apoiar a Ucrânia bilateralmente.
Ursula von der Leyen, que chefia a comissão executiva da UE, disse na quarta-feira que estava confiante em encontrar uma solução entre os 27 membros do bloco.
Gulyas afirmou que a Hungria é contra o apoio à Ucrânia "por meio de um empréstimo, e não achamos que seja uma boa ideia fazer isso dentro do orçamento da UE, porque o dinheiro da Hungria pode acabar sendo dado à Ucrânia".
Embora os líderes da UE tenham concordado, no mês passado, em iniciar as negociações de adesão com a Ucrânia, a Hungria vetou a extensão do dinheiro a Kiev.
A comissão propôs canalizar a ajuda por meio de uma revisão do orçamento compartilhado da UE para 2024-27, que também forneceria mais financiamento para a imigração e outras prioridades.
Fornecer ajuda por meio de 26 acordos bilaterais é uma opção que tem sido discutida, mas é mais complicada e cara do que passar pelos cofres centrais e pode prejudicar a unidade da UE.
(Reportagem de Gergely Szakacs)