(Reuters) - O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá trazer "avanços significativos" às negociações do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul em sua próxima viagem à Europa, depois da visita que está fazendo atualmente à China.
Em abertura de fórum da Abdib, Alckmin lembrou que o próximo destino de Lula depois que o presidente voltar do país asiático será a Europa, onde Lula visitará Portugal e Espanha entre os dias 21 e 26 de abril.
"A próxima viagem do presidente (Lula) deve ser Europa, onde se trabalha a questão do acordo Mercosul e União Europeia, e pode também trazer avanços signicativos", disse o presidente em exercício.
No evento, Alckmin disse que, para além de focar o comércio com grandes economias, é preciso estreitar os laços com países vizinhos, uma vez que o comércio é "tremendamente intrarregional". Segundo ele, "temos que começar pelos vizinhos, fazer um grande esforço comercial aqui na região".
Alckmin continuará no posto de presidente em exercício até Lula voltar da China, no fim de semana. Após a China, Lula também visitará Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
No evento da Abdib, Alckmin afirmou que há "muitas possibilidades de parcerias e investimentos" para o Brasil advindas da visita oficial de Lula à China.
Ele mencionou "expectativa muito positiva de compras de aviões fabricados no Brasil", mas não deu mais detalhes.
Alckmin disse ainda que o Brasil "vai ter um crescimento forte e sustentável" que será viabilizado por medidas almejadas pelo governo, como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal, ainda a ser apresentado ao Congresso.
Segundo o presidente em exercício, o esforço pela "ancoragem fiscal" do Brasil abrirá espaço para redução da taxa de juros pelo Banco Central, repetindo comentários anteriores. A taxa Selic está atualmente em 13,75% nível que tem sido alvo recorrente de críticas de Lula e outros membros do governo.
(Por Luana Maria Benedito, em São Paulo)