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Além de romper tradição, voto do Brasil contra Cuba se choca com defesa do livre comércio

Publicado 07.11.2019, 17:16
Atualizado 07.11.2019, 17:21
Além de romper tradição, voto do Brasil contra Cuba se choca com defesa do livre comércio

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O voto do Brasil contra a resolução da ONU que condena o embargo a Cuba é mais um passo na virada ideológica que o governo de Jair Bolsonaro tem imprimido à diplomacia brasileira e rompe com a tradicional defesa brasileira do livre comércio, disseram à Reuters fontes diplomáticas que acompanharam o processo.

"Não é uma decisão que tem impacto imediato, mas não quer dizer que não seja grave. O Brasil está aceitando que a lei de um país possa incidir sobre o que ocorre fora de suas fronteiras. Isso é muito sério", disse uma das fontes ouvidas pela Reuters.

Neste, como em anos anteriores, a resolução foi aprovada por quase duas centenas de países, dos mais diferentes espectros ideológicos. O Brasil se juntou ao próprio Estados Unidos e a Israel para ser o terceiro voto contrário à resolução.

Apesar de ser contra o embargo a Cuba, a resolução não é uma defesa da ilha em si, mas da liberdade de comércio. O texto defende que o embargo é contrário à liberdade de comércio e de navegação consagrada no direito internacional, uma posição que o Brasil, como os demais países, sempre defendeu.

O país sempre manteve relações comerciais com Cuba, intensificadas nos governos petistas. Atualmente, a ordem é evitar relações com a ilha, mas empresas brasileiras ainda têm interesses comerciais fortes lá.

A fabricante brasileira de cigarros Souza Cruz, por exemplo, que pertence à British American Tobacco (LON:BATS) PLC, tem uma joint-venture em Havana que produz a maioria dos cigarros em Cuba.

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"Se o governo dos Estados Unidos quer fazer um embargo unilateral, o problema é deles. O problema é quando eles usam a legislação interna contra agentes econômicos de terceiros países que comerciam com Cuba. Isso violaria nossa soberania ao punir nossas empresas pela legislação interna americana”, explicou uma segunda fonte.

A posição do atual governo brasileiro, no entanto, é de alinhamento com o governo de Donald Trump, política defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e encampada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, mesmo contra a tradição da diplomacia brasileira.

"Embargo ao comércio é um instrumento que só tem legitimidade internacional se for aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU. Nenhum país pode impor restrições ao comércio internacional unilateralmente", disse a fonte. "Essa é a discussão."

Nos últimos meses, o embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas, Mauro Vieira, vinha tentando convencer Araújo de que o Brasil poderia manter sua posição histórica e apenas destacar, em uma fala, que esse não era um apoio a Cuba, mas uma defesa do livre comércio, mas a instrução permaneceu a mesma.

Até a véspera da votação, Vieira ainda tentou convencer o governo a pelo menos trocar o voto contrário por uma abstenção que, mandaria um recado mas não seria tão grave a ponto de isolar o país apenas na companhia de norte-americanos e israelenses. Não teve sucesso.

Incomodado, o embaixador preferiu não representar o Brasil na votação. Enviou seu adjunto. Vieira está de saída da representação brasileira e foi mandado para Zagreb (Croácia), um posto desprestigiado na diplomacia brasileira.

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Ex-chanceler durante o governo de Dilma Rousseff, Vieira entrou automaticamente na lista de desafetos do governo Bolsonaro, apesar de ter dado emprego a Araújo na embaixada em Washington, quando foi embaixador nos Estados Unidos, e tê-lo trazido para um cargo no gabinete quando assumiu o cargo de ministro.

Últimos comentários

essa fonte aí deve ser o Lula né possível .
lisandra Lula Livre
Ali é o ovo, o centro do inicio, onde tudo de ruim à humanidade. Uma ilha de escravos patrocinada por nações que quer seguir isso como exemplo.
Comeércio há há há. mandem eles pagarem a dívida do porto de mariel.
iIsoladamente manchado. Um homem decide tornar uma nação inteira como capacho dos Americanos.
Vai pra lá. Eu pago a passagem.
pela primeira vez na vida vejo um governo com personalidade própria, certo ou errado, tem personalidade. os perfeitos que joguem a primeira pedra.
E desde quando nós investidores — você eu não sei se é — damos bola para personalidade?? O que nós, os INVESTIDORES, queremos é um governo que não feche fronteiras e nem as portas do LIVRE COMÉRCIO. ——— Esse DESgoverno protecionista, BURRO e IDEOLÓGICO, não vai muito longe se fechar as portas do diálogo com as demais nações. Logo logo, o presidentO será demitido do cargo ; )
IDEOLOGIA acima de tudo, Deus acima de todos ; )
Isso explica o W.O. no leilão do pré-sal onde nem os Americanos apareceram...kkk
O Brasil vai pagar muito caro por esse governo de desequilibrado s.
bem isso. tendenciosa pq a Reuters está i festa da de.jornalista esquerdalha. pior é ter que ver notícia boa com viés de ruim. aqui é mercado, bolsa, empresas. Não queremos saber de comunistas atrapalhando as empresas.
Aprenda a escrever bolsominion!!!
cada um degrao ate o barato
reportagem pouco tendenciosa kkkk se a china não consegue negociar com EUA .. nós vamos sim conseguir enfrentar a maior potência mundial .. ridículo ...
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