BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quinta-feira que a Amazônia precisa ser pensada como um "espaço real" e não uma "abstração" e que o desenvolvimento sustentável na região deve fazer parte de um esforço mais amplo de aumento de produtividade e modernização do Estado.
Em participação gravada para seminário virtual do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Guedes disse que o BID e países da região amazônica já acolheram proposta brasileira para a criação de um fundo para a Amazônia que captará doações para a região, inclusive do setor privado.
"É preciso pensar na Amazônia como um espaço real, com oportunidades de investimento, com desafios, e não como abstração", disse o ministro, acrescentando que milhões de pessoas vivem e tiram seu sustento na região.
Ele ressaltou que o governo também reconhece que a floresta é um patrimônio que precisa ser preservado, "produzindo bens e serviços ambientais que beneficiem a população local, o Brasil e o mundo".
"A exploração insustentável da floresta é um sintoma de sistema econômico de baixa produtividade, à margem da lei e com perspectivas limitadas a curto prazo", disse Guedes.
O ministro elencou outras medidas tomadas pelo governo para a região, como a inclusão na carteira na carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) de seis projetos de proteção florestal e da concessão de dois parques nacionais da Amazônia. A própria aprovação do marco do saneamento beneficiará particularmente a região, que tem grande carência de infraestrutura, destacou Guedes.
"O desenvolvimento sustentável da Amazônia deve ser parte de um esforço mais amplo de aumento de produtividade, melhoria de infraestrutura e do ambiente de negócios, de desburocratização, transformação e modernização do Estado brasileiro", disse o ministro.
(Por Isabel Versiani)