SÃO PAULO (Reuters) - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou nesta quinta-feira um reajuste máximo de 15,5% nos planos de saúde individuais e familiares. O índice ficou dentro do esperado pelas empresas do setor e marca o maior aumento desde 2000, ano em que a autarquia foi fundada.
O aumento aprovado é válido para o período entre maio deste ano e abril de 2023 para os contratos de cerca de 8 milhões de clientes, o que representa 16,3% dos consumidores de planos de assistência médica no Brasil.
Até o reajuste aprovado nesta quinta-feira, o maior aumento aprovado pela agência ocorreu em 2016, quando o índice definido foi de 13,57%.
O reajuste veio depois que a ANS aprovou no ano passado redução de 8,19% nos valores dos planos, em meio aos impactos da pandemia sobre os consumidores e apesar da alta acentuada de custos incorrida pelas empresas do setor. Em 2020, houve aumento de 8,14%.
"O índice de 2022 resulta da variação das despesas assistenciais ocorridas em 2021 em comparação com as despesas assistenciais de 2020", afirmou a ANS em comunicado.
"O reajuste acumulado de 15,5% em 2022 com o reajuste de -8,19% em 2021 equivale ao aumento de 2,97% por ano nesses dois anos de pandemia de Covid-19", disse a autarquia.
As ações da operadora de planos de saúde verticalizada Hapvida (SA:HAPV3), maior empresa do setor no país, ampliavam ganhos nesta tarde. Às 15h58, o papel valorizava-se 7,45% e figurava entre os principais destaques de alta do Ibovespa na sessão, que, por sua vez, mostrava variação positiva de 1,32%. A Rede D'Or (SA:RDOR3) disparava 6,7%, enquanto Qualicorp (SA:QUAL3) avançava 3,1% e SulAmérica (SA:SULA11) crescia 5,9%.
(Por Alberto Alerigi Jr.; edição de André Romani)