Por Andy Sullivan
WASHINGTON (Reuters) - Depois de um duro revés em tribunal da Pensilvânia, o presidente Donald Trump enfrenta pressão cada vez maior de seus colegas republicanos para desistir de sua tentativa de deslegitimar a eleição presidencial dos EUA e enfim reconhecer a vitória do democrata Joe Biden.
Desde que Biden foi declarado vencedor há duas semanas, Trump lançou mão de uma enxurrada de ações judiciais e montou uma campanha para impedir que os Estados certificassem a totalização dos votos.
Até agora, as tentativas de impedir a certificação falharam nos tribunais da Geórgia, Michigan e Arizona.
No sábado, Matthew Brann, um juiz federal republicano nomeado pelo ex-presidente Barack Obama, derrubou ação semelhante na Pensilvânia, escrevendo que o caso possuía "argumentos jurídicos sem mérito e acusações especulativas".
Para que Trump tenha alguma esperança de permanecer na Casa Branca, ele precisa derrubar a vantagem de 81.000 votos de Biden na Pensilvânia. O Estado deve começar a certificar seus resultados na segunda-feira.
O corpo jurídico de Trump prometeu recurso rápido, mas os advogados que se opuseram a ele no tribunal dizem que ele já não tem tempo hábil.
"Isso deve colocar o prego no caixão para qualquer outra tentativa do presidente Trump de usar os tribunais federais para reescrever o resultado das eleições de 2020", disse Kristen Clarke, presidente do Comitê de Advogados para os Direitos Civis nos Termos da Lei.
Alguns dos colegas republicanos de Trump no Congresso estão se voltando contra ele.
O senador republicano Pat Toomey disse que a decisão anula qualquer chance de uma vitória legal na Pensilvânia e pediu a Trump que reconheça a eleição de Biden.
Liz Cheney, membro da liderança republicana na Câmara dos Deputados, havia pedido anteriormente a Trump que respeitasse "a santidade de nosso processo eleitoral" caso não tivesse sucesso no tribunal.