Por Maximilian Heath
BRASÍLIA (Reuters) - O Congresso da Argentina aprovou, na noite de sexta-feira, um imposto a ser cobrado uma única vez de pessoas com grandes fortunas pessoas para tentar aumentar a receita federal do país em meio ao impacto causado pela pandemia de COVID-19.
Os senadores aprovaram a chamada Lei de Solidariedade e Contribuição Extraordinária por 42 votos a favor e 26 contra. O texto já havia sido aprovado anteriormente pela Câmara dos Deputados.
A nova lei estipula um imposto único de pelo menos 2% a ser cobrado de pessoas com ativos que passem de 200 milhões de pesos argentinos (2,45 milhões de dólares), o que o governo espera que leve a uma arrecadação de cerca de 3,7 bilhões de dólares.
"O #AporteSolidario é extraordinário porque as circunstâncias são extraordinárias", disse a senadora Anabel Fernandez Sagasti em sua conta no Twitter. "Precisamos encontrar pontos de conexão entre aqueles que mais têm a contribuir e aqueles que precisam”.
A receita do imposto será usada para comprar equipamentos e suprimentos para combater a COVID-19, financiar assistência a pequenas e médias empresas, apoiar bairros pobres e ajudar a desenvolver o setor nacional de gás natural.
A lei, encabeçada pela coalizão governista peronista do presidente Alberto Fernandez, recebeu críticas da oposição mais conservadora. A Argentina, a terceira maior economia da América Latina, está entrando em seu terceiro ano de recessão, com alta inflação e um forte aumento da pobreza.