(Reuters) - A Argentina precisa de um plano de estabilização "forte, crível e com respaldo político" para lidar de forma duradoura com seus desequilíbrios macroeconômicos, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira.
Conversas positivas entre o FMI e autoridades do próximo governo argentino foram realizadas recentemente, afirmou a porta-voz do FMI, Julie Kozack, em uma coletiva de imprensa.
Kozack acrescentou que é necessário um banco central "forte e confiável" para combater a inflação, que faz parte dos desequilíbrios macroeconômicos do país.
A inflação local está se aproximando de 160% no ano, enquanto mais de 40% da população vive na pobreza.
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, nomeou na quarta-feira o economista Santiago Bausili como o próximo chefe do banco central do país.
A proximidade de Bausili com Luis Caputo, o novo ministro das Finanças, reduziu esperanças de um banco central mais independente.
Milei assume a presidência da Argentina no próximo domingo.
(Por Jorgelina do Rosário, em Buenos Aires, e Rodrigo Campos, em Nova York)