Por Dan Williams
JERUSALÉM (Reuters) - Robert O'Brien, assessor de segurança nacional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo que mais países árabes e muçulmanos provavelmente seguirão os Emirados Árabes Unidos na normalização das relações com Israel.
O funcionário da Casa Branca e o conselheiro sênior e genro de Trump, Jared Kushner, se encontraram com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, às vésperas de reuniões em Abu Dhabi na próxima segunda-feira para concluir a formalização dos laços entre Israel e Emirados Árabes Unidos.
Israel e os Emirados Árabes Unidos anunciaram no dia 13 de agosto o reestabelecimento dos laços oficiais entre os dois países, em um acordo intermediado por Washington. O movimento diplomático remodela o tabuleiro do Oriente Médio, desde a questão palestina até as relações com o Irã.
"Acreditamos que outros países árabes e muçulmanos em breve seguirão o exemplo dos Emirados Árabes Unidos e normalizarão as relações com Israel", disse O'Brien a repórteres após as conversas na residência de Netanyahu.
Ele não citou os Estados, mas autoridades israelenses mencionaram publicamente Omã, Bahrein e Sudão.
Os palestinos têm condenado a postura dos Emirados Árabes Unidos como o abandono de uma política de vinculação das relações oficiais com Israel à criação do Estado palestino em território capturado por Israel na guerra de 1967.
O governo Trump vem tentando persuadir outros países árabes sunitas que têm preocupações semelhantes às de Israel sobre o Irã a se juntarem em um esforço de paz regional.