Por Karen Lema
MANILA (Reuters) - O Banco Mundial vai cobrar mais doações e injeção de capital novo dos países membros, ao mesmo tempo em que vai alavancar seu balanço para aumentar empréstimos a fim de responder às mudanças climáticas e outras crises globais, disse sua diretora administrativa de operações nesta terça-feira.
A instituição reunirá apoio de doadores para um mecanismo de crise recém-criado voltado para os países mais pobres do mundo que enfrentam crises sobrepostas, incluindo eventos climáticos severos, disse Anna Bjerde em entrevista.
"Esperamos poder realmente concluir e ter um grande interesse em financiar isso até o final do ano", disse Bjerde, acrescentando que vários bilhões de dólares são necessários para o mecanismo de crise.
Esse projeto faz parte do fundo da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), o fundo do Banco Mundial para os países mais pobres. O último reabastecimento de recursos foi rapidamente esgotado pela pandemia.
Bjerde espera um grande progresso em atrair interesse para o programa nas reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial no Marrocos em outubro.
“Precisamos realmente obter subsídios de países desenvolvidos e de renda mais alta, países ricos, para fornecer transferências de recursos para os países de renda mais baixa”, disse ela.
O Banco Mundial, cujo conselho executivo de 25 membros elegeu um novo presidente em 3 de maio, quer aumentar os empréstimos para garantir que possa lidar melhor com questões como mudanças climáticas, pandemias e conflitos.