Por Jarrett Renshaw e Joseph Ax
WILMINGTON, EUA (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentará seus principais conselheiros econômicos formalmente nesta terça-feira, e seu governo se prepara para tomar posse em meio a uma recuperação econômica prejudicada pelo agravamento da pandemia de coronavírus.
Biden aparecerá em um evento em Wilmington, no Delaware, onde reside, ao lado de seus escolhidos para cargos centrais, entre eles Janet Yellen, ex-presidente do Federal Reserve que ele indicou como sua secretária do Tesouro.
A composição da equipe reforça a visão de Biden de que é necessário adotar uma abordagem mais agressiva contra a pandemia. Todos os conselheiros demonstraram apoio a um estímulo governamental para maximizar o emprego, diminuir a desigualdade econômica e ajudar mulheres e minorias, que são afetadas pela retração econômica de maneira desproporcional.
Entre os outros selecionados estão Cecilia Rouse, economista da Universidade Princeton, como presidente do Conselho de Assessores Econômicos, os economistas Heather Boushey e Jared Bernstein como membros do conselho e Neera Tanden, executiva-chefe da instituição de estudos progressista Centro para o Progresso Americano, como diretora do Escritório de Administração e Orçamento.
As indicações mais recentes de Biden colocarão várias mulheres em postos econômicos essenciais, refletindo seu comprometimento com o aumento da diversidade nos escalões mais altos do governo federal.
A transição para um governo Biden prosseguiu apesar das alegações falsas do presidente republicano, Donald Trump, de que perdeu a eleição por causa de uma fraude. Na segunda-feira, Biden recebeu seu primeiro informe confidencial de inteligência desde que venceu a eleição de 3 de novembro --a recusa de Trump de reconhecer a derrota adiou o processo formal de transição por semanas.
Arizona e Wisconsin, dois Estados-chave onde Trump realizou esforços infrutíferos na Justiça para reverter os resultados, certificaram a vitória de Biden também na segunda-feira.
A certificação dos totais de votos costuma ser uma formalidade, mas o processo ganhou um significado adicional devido às alegações infundadas de Trump.
O presidente travou uma série de batalhas judiciais em diversos Estados, mas até agora nenhuma resultou em qualquer ganho significativo. A maioria das ações foi rejeitada pelos juízes, que expressaram ceticismo diante da alegação de que os resultados da votação são ilegítimos.
(Por Jarrett Renshaw em Wilmington, Delaware, e Joseph Ax em Princeton, Nova Jersey; reportagem adicional de Jonnelle Marte em Washington)