Por David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos está considerando uma nova investigação tarifária contra a China se as negociações não tiverem sucesso em persuadir Pequim a cumprir suas promessas de compras de bens, energia e serviços norte-americanos, disseram autoridades do maior grupo de lobby empresarial dos EUA na quarta-feira.
O governo também está considerando outras opções, incluindo trabalhar mais de perto com aliados dos EUA para apresentar uma frente unida contra a China na exigência de igualdade de condições para empresas internacionais, disse Myron Brilliant, chefe de assuntos internacionais da Câmara de Comércio dos EUA, a repórteres.
Dados comerciais dos EUA de terça-feira mostraram grande fracasso no compromisso da China de aumentar as compras de bens e serviços dos EUA sob a "Fase 1" do acordo comercial fechado pelo ex-presidente Donald Trump, implementado há dois anos.
Brilliant disse que a Câmara apoia as conversas do governo Biden com autoridades chinesas para mantê-las fiéis aos compromissos da "Fase 1".
"Mas, se essas conversas não conseguirem atender aos termos do acordo, então eu acho que existem veículos pelos quais o governo pode considerar tomar mais medidas", disse Brilliant.
"O governo está considerando uma série de opções --e não estamos endossando nenhuma dessas opções neste momento-- que podem incluir obviamente uma ação 301 e questões como essa."
O governo Trump já usou a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, um estatuto destinado a combater práticas desleais de parceiros comerciais, para impor tarifas sobre centenas de bilhões de dólares em importações chinesas em 2018 e 2019.
Uma nova investigação da Seção 301 pode demorar um ano até levar a novas tarifas ou outras ações comerciais.
Brilliant disse que, com base em suas consultas com o governo, quaisquer ações não envolveriam tarifas no curto prazo.