Por Ricardo Brito
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta sexta-feira que o auxílio emergencial será prorrogado até dezembro, mas não adiantou qual seria o valor das futuras parcelas do benefício pago às pessoas para ajudar no enfrentamento ao novo coronavírus.
"Infelizmente não pode ser definitivo", disse Bolsonaro durante cerimônia de entregas de projetos federais em Ipanguaçu, no interior do Rio Grande do Norte. Ao ser questionado pela plateia, o presidente afirmou que o repasse será mantido até dezembro. "Só não sei o valor", completou.
O presidente disse que o auxílio --atualmente no valor de 600 reais por mês-- tem um custo de 50 bilhões de reais mensais. "Enquanto for possível manteremos, mas é preciso ter consciência que não dá para ser eterno", reforçou.
Bolsonaro já havia dito publicamente que está buscando um meio termo entre os 200 reais propostos pelo Ministério da Economia e os 600 reais atuais para o valor das próximas parcelas do auxílio emergencial.
Segundo ele, 200 reais é pouco, mas não é possível manter os 600 reais às custas de aumento do endividamento do país.
Fontes da equipe econômica disseram à Reuters que o governo estuda uma medida provisória para manter o auxílio para além de agosto. Caso o presidente fosse apenas editar um novo decreto para prorrogá-lo --a exemplo do que fez em junho-- o benefício teria que seguir em 600 reais.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse em entrevista à Reuters que a prorrogação do auxílio será anunciada oficialmente em uma grande cerimônia na próxima terça-feira para o anúncio de medidas de recuperação da economia do país.
(Reportagem de Ricardo Brito, em Brasília)