Por Lisandra Paraguassu e Rodrigo Viga Gaier
BRASÍLIA/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro deverá ser submetido a uma cirurgia na próxima semana para tratar de uma hérnia decorrente de operações anteriores, o que deverá exigir seu afastamento por período de até 10 dias, segundo informações da Presidência da República e do próprio mandatário neste domingo.
A necessidade da intervenção cirúrgica, para tratar hérnia incisional, está relacionada a cirurgias anteriores realizadas por Bolsonaro, que foi vítima de um ataque a facadas durante a campanha eleitoral no ano passado, em Juiz de Fora (MG).
A cirurgia deverá ser realizada no próximo final de semana, provavelmente no domingo, de acordo com o porta-voz da Presidência.
"Agora em São Paulo com os drs. Macedo e Leandro. Pelo que tudo indica, 'curtirei' uns 10 dias de férias com eles", escreveu Bolsonaro em mensagem no Twitter neste domingo, que trazia junto uma foto com os médicos.
Um dos médicos, Leandro Echenique, disse à Reuters que não há motivos para preocupação com a saúde do presidente e que o procedimetno será "bem mais simples" que os enfrentados anteriormente por Bolsonaro após o ataque a faca, em setembro passado.
"É comum surgir uma hérnica no local onde há uma cirurgia abdominal; é uma hérnia na parede abdominal. É uma correção cirúrgica e muito mais simples que as anteriores... o presidente está clinicamente muito bem", afirmou.
Ele acrescentou que a recuperação pós-cirurgia não costuma ser muito duradoura, sem citar prazos.
O responsável pelo ataque a faca a Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, foi absolvido em junho por ter sido considerado portador de uma doença mental e, portanto, inimputável, ao mesmo tempo que a Justiça determinou que ele fique internado por tempo indeterminado.
(Por Lisandra Paraguassu em Brasília e Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro)