BRASÍLIA (Reuters) - Em uma tentativa de demonstrar união dentro do governo, o presidente Jair Bolsonaro apareceu ao lado de ministros ao deixar o Palácio da Alvorada nesta segunda-feira, entre eles o titular da Economia, Paulo Guedes, e reiterou que é o auxiliar quem manda nas questões econômicas do governo, ao passo que Guedes rejeitou a edição de planos nacionais de desenvolvimento, como se fazia no passado.
"O homem que decide economia no Brasil é um só, e chama-se Paulo Guedes", disse Bolsonaro aos jornalistas ao lado de Guedes e dos ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Tereza Cristina (Agricultura), além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A entrevista com os ministros acontece após Guedes ter ficado incomodado com a divulgação do Plano Pró-Brasil, que prevê gastos em obras de infraestrutura e cuja elaboração não teve a participação da equipe econômica de Guedes.
O ministro rejeitou a edição de planos nacionais de desenvolvimento, como se fez no passado, e defendeu a necessidade de reformas estruturantes e a responsabilidade fiscal.
"O Programa Pró-Brasl, na verdade, são estudos", disse Guedes. "Agora, isso vai ser feito dentro do programa de recuperação da estabilidade fiscal nossa", garantiu.
(Por Lisandra Paraguassu, com reportagem de Eduardo Simões em São Paulo)