Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta segunda-feira as políticas de restrição de circulação e insinuou a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, que está estudando medidas para resolver a situação.
"Podem ter certeza que tudo que for legal fazer, eu farei. Brevemente teremos as consequências do que está acontecendo, fiquem tranquilos", disse Bolsonaro ao grupo, que participou na segunda de uma carreata a favor do presidente e contra as medidas de fechamento de serviços em Brasília.
O presidente é um crítico contumaz das medidas de contenção de circulação que levam ao fechamento do comércio e acusa, inveridicamente, o Supremo Tribunal Federal de ter tirado seus poderes para gerenciar a resposta à pandemia. Na verdade, a decisão da corte determinou que Estados e municípios também têm responsabilidade e podem adotar medidas mais rígidas que o governo federal.
Há duas semanas, em uma viagem, Bolsonaro chegou a dizer que iria agir para que pudesse ter seu "poder" de volta. Nesta segunda, ao responder a um apoiador que reclamava das restrições em Brasília, o presidente afirmou que se colocava no lugar da pessoa, que é comerciante, e repetiu:
"Eu estou fazendo minha parte. Fique tranquilo, a gente vai chegar a um bom termo sobre isso."
Bolsonaro disse ainda que não é ele quem está com essa "política excessiva de fique em casa".
Questionado sobre a que o presidente se referia ao dizer que medidas seriam tomadas, o Palácio do Planalto não respondeu.