Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - O Brasil e os Estados Unidos não foram incluídos em uma "lista segura" de países de onde a União Europeia aceitará pessoas em viagens não essenciais a partir de quarta-feira.
O bloco de 27 membros deu aprovação inicial a viagens de lazer ou negócios a partir de 14 países de fora da UE, informou o Conselho da UE, que representa os governos do bloco, em comunicado.
Os países são Argélia, Austrália, Canadá, Geórgia, Japão, Montenegro, Marrocos, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Coreia do Sul, Tailândia, Tunísia e Uruguai.
A China também será aprovada provisoriamente, mas as viagens só serão permitidas se as autoridades chinesas também permitirem visitantes da UE -- a reciprocidade é uma condição para estar na lista segura.
Rússia e Turquia, assim como Brasil e EUA, estão entre as nações que não compõem a "lista segura" inicial devido à situação atual da pandemia de Covid-19 nesses países.
A medida visa amparar a indústria turística e os destinos turísticos da UE, particularmente países do sul europeu atingidos duramente pela pandemia.
A lista precisa ser aprovada por uma "maioria qualificada" de países do bloco, o que significa 15 membros que representam 65% da população, em votação na quarta-feira. Quatro diplomatas da UE disseram acreditar que conseguirão o apoio necessário.
A lista funcionará como uma recomendação aos países da UE, o que significa que eles quase certamente não permitirão o acesso a viajantes de outras nações, mas que podem criar restrições àqueles vindos das 14 já liberadas.
Os esforços do bloco para reabrir as fronteiras internas, particularmente no Espaço Schengen de 26 nações, que normalmente não tem verificações nas divisas, têm sido inconstantes, já que vários países restringiram o acesso a certos visitantes.
A Grécia está exigindo exames de Covid-19 para recém-chegados de vários Estados da UE, como França, Itália, Holanda e Espanha, e autoisolamento até os resultados serem conhecidos.
A República Tcheca não está recebendo turistas de Portugal e da Suécia.
Os britânicos também podem viajar a muitos países da UE, mas quem realiza viagens não essenciais ao Reino Unido têm que se autoisolar durante 14 dias.