Por Kylie MacLellan e Paul Sandle
LONDRES (Reuters) - O governo britânico insistiu neste domingo que o país deixará a União Europeia em 31 de outubro apesar de uma carta que o premiê, Boris Johnson, foi forçado pelo Parlamento a enviar ao bloco pedindo um adiamento do Brexit.
O turbilhão do Brexit alternou nesta última semana entre a possibilidade de uma saída ordenada em 31 de outubro com um acordo que Johnson selou na quinta-feira e um adiamento, após ele ter sido forçado a solicitar a extensão no fim do sábado.
A derrota de Johnson no Parlamento britânico sobre a sequência de ratificação do acordo expôs o premiê a uma lei aprovada por aqueles que se opõem a uma saída sem acordo, exigindo que ele peça um adiamento até 31 de janeiro.
Johnson enviou o pedido, como exigido, mas não o assinou, e acrescentou uma outra carta assinada argumentando contra o que ele chamou de um atraso altamente corrosivo. Um de seus ministros mais sêniores disse que o Reino Unido ainda deixará o bloco em 31 de outubro.
"Vamos sair até 31 de outubro. Temos os meios e a habilidade para fazê-lo", disse Michael Gove, ministro responsável pelas preparações de um Brexit sem acordo, à rede Sky News.