Ibovespa recua com bancos entre maiores pressões; Raízen é destaque negativo
Investing.com - Embora tenham circulado vários rumores nas últimas semanas sobre um possível anúncio de uma moeda comum do BRICS na cúpula do grupo no próximo mês, houve vários desmentidos oficiais, o último deles na semana passada.
Entretanto, isso não impediu que o autor de best-sellers e especialista em finanças pessoais Robert Kiyosaki persistisse em sua previsão de que será anunciada uma moeda que desafiará o domínio do dólar na economia global.
Em um tuíte publicado na noite de quarta-feira, Kiyosaki afirmou que "em 22 de agosto de 2023, aproximadamente 41 nações, possivelmente até a França, se reunirão na África do Sul para 'desdolarizar' o mundo", acrescentando que os BRICS lançarão uma moeda com valor unitário equivalente a uma onça de ouro, citando um preço de US$ 3.000 e concluindo com "bye bye EUA".
No entanto, vários pontos dessas declarações merecem explicação, a começar pelo preço anunciado de US$ 3.000 por onça de ouro, do qual o metal amarelo está muito longe no momento, pois está sendo negociado abaixo de US$ 2.000.
Quanto à menção da participação da França, é verdade que no mês passado a imprensa noticiou a intenção de Macron de participar da cúpula do BRICS. Embora esses rumores não tenham sido confirmados pelo lado francês, a Rússia deixou claro na época que consideraria "inapropriado" que o presidente francês participasse da cúpula do BRICS.
A ministra das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, reiterou essa posição ontem, enfatizando que "a posição da Rússia foi expressa muitas vezes: consideramos inadequada a participação de representantes (de) Estados que seguem as formas neocoloniais do Ocidente coletivo em relação a um grande número de Estados no formato do BRICS".
"Estamos convencidos de que a participação do presidente francês não contribuiria para a implementação dessas tarefas. Infelizmente, a França não tem nada a oferecer a essa associação que a atraia", acrescentou.
Deve-se observar que esses comentários foram, sem dúvida, feitos em resposta ao fato de que, em 23 de julho, a mídia sul-africana informou que Macron queria participar da cúpula do BRICS em Joanesburgo, mas que o presidente do país não havia lhe enviado um convite.
Por fim, voltando a Kiyosaki, lembramos que o autor enviou um aviso semelhante em 11 de julho, tuitando que os BRICS anunciarão uma "criptografia apoiada em ouro" e afirmando que "o dólar americano morrerá".