NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de café arábica e robusta na ICE fecharam em queda nesta terça-feira, depois de atingir novas máximas de 10 anos no início da sessão, graças a gargalos nos embarques de contêineres, queda nos estoques, perspectivas de produção mais baixas e sentimento otimista no mercados financeiros mais amplos. [MKTS/GLOB] [O/R]
CAFÉ
* O café arábica para março fechou em queda de 6,55 centavos de dólar, ou 2,6%, a 2,433 dólares por libra-peso após avançar mais cedo para 2,5235 dólares, a máxima desde 2011.
* O café robusta para março caiu 42 dólares, ou 1,8%, a 2.273 dólares a tonelada, tendo anteriormente atingido 2,334 dólares, também a máxima desde 2011.
* O arábica está sendo impulsionado pela expectativa de que a produção do maior produtor, o Brasil, irá cair nesta temporada e na próxima, após a seca e as geadas que atingiram as áreas de cultivo de arábica do país mais cedo neste ano.
* Os estoques do grão na bolsa da ICE estão atualmente perto de seus menores níveis em quase um ano, com acúmulos globais de embarque de contêineres e custos crescentes de frete, tornando a bolsa a fonte de oferta mais barata. .
* "Por meio de estudos técnicos, podemos ver algumas projeções na área de 2,75 dólares. Acho que é muito provável no curto prazo", disse a trading Cardiff Coffee em nota.
* A produção de arábica lavado na Colômbia, o maior produtor mundial do grão de alta qualidade no qual o contrato da ICE se baseia, caiu 22% em novembro em relação ao ano anterior, para 1,13 milhão de sacas de 60 kg.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto para março subiu 1,6% para 19,48 centavos de dólar por libra-peso, máxima de uma semana.
* Operadores disseram que o mercado continua a ser liderado pela tendência em energia e pelos mercados financeiros mais amplos.
* "O contrato talvez esteja voltando a apresentar uma oferta razoável pelas matérias-primas indianas", disse o Commonwealth Bank of Australia, referindo-se ao nível de preços mais alto que atrairá as exportações de açúcar indiano.
* O açúcar branco para março avançou 1,4% para 503,40 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)