No primeiro trimestre deste ano, a Caixa Econômica Federal (CEF) teve despesas de R$ 4,991 bilhões com provisões contra a inadimplência, valor que era 56,4% maior que o registrado em igual período do ano passado. Em relação ao quarto trimestre de 2022, o volume provisionado foi 1,1% maior.
A Caixa não dá maiores detalhes sobre as provisões, mas afirmou que o atraso de um cliente específico na carteira de saneamento e infraestrutura puxou para cima a inadimplência desta carteira. Como os bancos fazem provisões conforme o atraso dos empréstimos, este fator pode ter influenciado o número.
Com as provisões separadas no trimestre, o colchão da Caixa contra a inadimplência somava R$ 48,600 bilhões em março, volume 20,9% maior que o do mesmo mês do ano passado. Em relação a dezembro, o volume é 4,7% maior.
O banco público encerrou o primeiro trimestre com índice de cobertura de 171,9% da carteira em atraso. Isso significa que para cada R$ 1 que estavam vencidos há mais de 90 dias, a Caixa tinha R$ 1,71 separados para fazer frente à possível perda.