WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca solicitou ao Congresso nesta sexta-feira quase 106 bilhões de dólares para financiar planos ambiciosos para Ucrânia, Israel e a segurança da fronteira dos Estados Unidos, mas não ofereceu nenhuma estratégia para garantir o dinheiro de um Congresso em crise.
O pedido de financiamento do presidente dos EUA, Joe Biden, foi feito dias depois de sua visita a Israel e de sua promessa de solidariedade enquanto o país bombardeia Gaza após um ataque de militantes do Hamas que matou 1.400 pessoas no sul de Israel.
Ao agrupar o financiamento de Israel com Ucrânia, segurança das fronteiras, assistência aos refugiados, medidas para combater a China e outras prioridades muito debatidas, Biden espera ter criado um projeto de lei de gastos de segurança nacional que precisa ser aprovado e que pode obter apoio em uma Câmara dos Deputados caótica.
A câmara, cujo controle foi conquistado pelos republicanos no ano passado, está sem líder há mais de duas semanas.
Alguns parlamentares republicanos se tornaram céticos quanto à necessidade de financiar a guerra da Ucrânia com a Rússia e ameaçaram paralisar o governo para acabar com os gastos fiscais alimentados pela dívida.
"O mundo está observando e o povo americano espera, com razão, que seus líderes se unam e cumpram essas prioridades", disse a diretora de orçamento de Biden, Shalanda Young, em uma carta ao presidente interino da Câmara, Patrick McHenry. "Peço ao Congresso que as trate como parte de um acordo abrangente e bipartidário nas próximas semanas."
(Reportagem de Trevor Hunnicutt, Jarrett Renshaw e Doina Chiacu)