GENEBRA (Reuters) - Os chefes do Banco Mundial e da Organização Mundial do Comércio (OMC) pediram nesta segunda-feira aos países que aumentem os esforços para tornar o comércio de serviços globais mais transparente e previsível, dizendo que isso poderá ajudar os países em desenvolvimento a reduzir a pobreza.
Serviços como turismo e telecomunicações geram mais de dois terços do PIB global, mas as barreiras para o comércio de serviços são maiores do que para bens, disse o relatório conjunto das duas instituições intitulado "Comércio de Serviços para o Desenvolvimento".
A OMC tem um mandato para liberalizar os serviços, mas seus Estados-membros não melhoraram coletivamente o acesso ao mercado desde 1997, quando acordos foram fechados em telecomunicações, afirmou.
"Há uma necessidade de reacender a cooperação internacional no setor de serviços", disseram o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e o diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, no prefácio do relatório.
"Tais esforços precisam expandir o comércio e o investimento, reduzir os custos comerciais, trazer maior transparência e previsibilidade aos regimes de política comercial e, em última análise, aumentar a participação das economias em desenvolvimento", afirmou o documento.
O relatório não deu soluções prescritivas, dizendo que seu objetivo é "recordar os benefícios de avançar na agenda de negociações sobre o comércio de serviços e os custos de oportunidade de não fazer nada". Os dois órgãos estão prontos para ajudar os governos, disse.
Banga tomou posse como presidente do Banco Mundial no mês passado e pediu que a instituição dobre os esforços nas áreas de desenvolvimento e clima para acelerar a evolução do banco para enfrentar os problemas globais.
(Por Emma Farge)