Por Richard Cowan e Makini Brice
WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira um projeto de lei provisório para financiar o governo federal até o começo de março e evitar a sua paralisação parcial, enviando a legislação para sanção do presidente Joe Biden.
O projeto, aprovado por 314 votos contra 108, teve 106 republicanos e dois democratas votando contra. O Senado já tinha aprovado facilmente o projeto também nesta quinta-feira, por 77 a 18.
“Temos boas notícias para a América. Não haverá paralisação na sexta-feira”, disse o líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer, pouco antes da votação.
Ambas as Casas do Parlamento aceleraram a votação em virtude da previsão de nevascas na sexta-feira e que pode atrapalhar a saída dos parlamentares para o fim de semana.
Tanto o Senado, de maioria democrata, quanto a Câmara dos Deputados, de maioria republicana, ainda estão longe de realizar seu dever básico de financiar o governo para o ano fiscal iniciado em 1º de outubro, com parlamentares lutando para ganhar tempo antes de uma decisão para o exercício todo.
Schumer e o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, chegaram a um acordo este mês sobre um nível de despesas discricionárias de 1,59 bilhão de dólares para o ano que termina em 30 de setembro. Mas, num sinal da divisão amarga do Congresso, os dois partidos discordam agora desse número, com os democratas afirmando que o montante real acordado é de 1,66 bilhão de dólares.
As disputas intensas entre republicanos da Câmara — que querem corte de gastos — e democratas ocorrem em meio a uma dívida pública de 34,4 trilhões de dólares, que está crescendo rapidamente e tem trazido preocupações, em parte causadas pelos altos juros que têm sido pagos pelo Departamento do Tesouro.
Este terceiro projeto provisório, conhecido como "resolução contínua" (CR, na sigla em inglês) simplesmente estende os níveis de gastos do último ano fiscal até dois prazos, de 1º e 8 de março, para a conclusão das despesas previstas em várias agências governamentais.
(Reportagem de Richard Cowan e Makini Brice em Washington)