Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que a continuidade do auxílio emergencial quebraria o Brasil e teria uma série de outras consequências desastrosas, no momento em que os principais candidatos às presidências da Câmara e do Senado defendem a discussão de algum tipo de ajuda para quem ficou sem renda durante a pandemia do novo coronavírus.
Em transmissão da sua live semanal, Bolsonaro lamentou novamente as mortes e infecções pela doença, mas disse que é preciso "conviver" com a Covid e que não se pode "destruir empregos". Destacou mais uma vez que a capacidade de endividamento do país está no limite.
"Lamento, pessoal, quer que continue (o auxílio emergencial), vai quebrar o Brasil, vem inflação, descontrole da economia, vem um desastre e todo mundo aí pagar caríssimo", disse ele.
Uma eventual retomada do auxílio emergencial --que foi encerrado em dezembro-- tem sido objeto de discussões de candidatos ao comando das duas Casas Legislativas e deve voltar com força na agenda política no retorno dos parlamentares ao trabalho, a partir da próxima semana.
Bolsonaro voltou a criticar restrições de movimentação de pessoas e de abertura de estabelecimentos impostas por governadores e prefeitos que visam a reduzir o contágio do coronavírus.
Mais uma vez, o presidente defendeu o tratamento precoce de pacientes com a doença com o uso de medicamentos que não tem comprovação científica da sua eficácia.