Por Nigam Prusty e Suchitra Mohanty e Mayank Bhardwaj
NOVA DÉLI/AYODHYA, Índia (Reuters) - A Suprema Corte da Índia concedeu, neste sábado, um disputado local religioso aos hindus, numa derrota para os muçulmanos que também reivindicam a área que levou a alguns dos conflitos mais sangrentos do país desde a independência.
A decisão na disputa entre grupos hindus e muçulmanos abre caminho para a construção de um templo hindu no local, na cidade de Ayodhya, no norte do país, uma proposta apoiada há tempos pelo partido hindu-nacionlista do primeiro-ministro Narendra Modi.
A decisão de sábado, que deve ser vista como uma vitória do partido Bharatiya Janata, de Modi, e de seus apoiadores, foi criticada como injusta pelo advogado do grupo muçulmano envolvido no caso.
No entanto, o líder do grupo acabou dizendo que aceitaria o veredicto e pediu paz entre a maioria hindu da Índia e os muçulmanos, que constituem 14% da população de 1,3 bilhão de pessoas do país.
Em 1992, uma gangue hindu destruiu a Mesquita Babri, que datava do século 16 e ficava no local, motivando protestos nos quais por volta de 2.000 pessoas, a maioria delas muçulmanas, foram mortas ao redor do país.
Em seguida, começaram disputas judiciais sobre o local.