Por Daren Butler e Jonathan Spicer
ISTAMBUL (Reuters) - Adversários políticos do presidente turco, Tayyip Erdogan, afirmaram que sua cobrança para expulsar embaixadores de dez aliados ocidentais foi uma tentativa de criar uma distração às dificuldades econômicas do país, e diplomatas acreditam que as expulsões ainda podem ser evitadas.
No sábado, Erdogan afirmou que havia ordenado que os enviados fossem declarados "persona non grata" por buscarem a libertação do filantropo Osman Kavala da prisão. O Ministério das Relações Exteriores ainda não executou a instrução do presidente, que abriria o maior racha com o Ocidente nos 19 anos de Erdogan no poder.
A crise diplomática coincide com preocupações de investidores sobre a queda da lira ao seu nível mais baixo já visto, após o banco central, pressionado por Erdogan para estimular a economia, ter cortado inesperadamente as taxas de juro em 200 pontos-base na semana passada.
Kemal Kilicdaroglu, líder do principal partido de oposição CHP, afirmou que Erdogan estava "rapidamente arrastando o país a um precipício".
"O motivo por trás dessas medidas não é proteger os interesses nacionais, mas criar razões artificiais por ter arruinado a economia", disse no Twitter.